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quinta-feira, 14 de julho de 2011

ANALISTA CRIMINAL É FIGURA ESTRATÉGICA NA GESTÃO PÚBLICA

1 comentários
 
Por Luiz Carlos Magalhães.
O presente texto é um resumo do seminário apresentado pelo autor durante o Fórum Internacional de Gabinetes de Gestão Integrada (GGI´s), realizado em 22 de novembro de 2007, na cidade de São Luis (MA). A análise criminal é a principal ferramenta para produção de conhecimento voltada para a gestão da segurança pública.
Na atualidade, o valor agregado pela Tecnologia da Informação (TI) possibilita ao gestor público realizar a tomada de suas decisões a luz de uma atividade científica, que ajuda a formular soluções e trilhar os caminhos mais seguros a serem implantados pela sociedade. Este esforço tem por objetivo garantir um convívio social mais pacífico e uma sociedade com mecanismos mais eficazes no enfrentamento das questões relativas ao crime, criminalidade e questões conexas.
A palavras-chave keywords abrange os significados de criminalidade, análise criminal, gestão pública tecnologia da Informação. Nos dias atuais, quando falamos em produção de conhecimento para gestão, particularmente no tocante à gestão da segurança pública, nos reportamos quase que automaticamente às ferramentas de TI e às facilidades que elas trouxeram para a produção do conhecimento moderno.
Conforme nos ensina o clássico “A Arte da Guerra” de Sun Tzu, ao nos encontrarmos na difícil posição de tomadores de decisões, precisamos ter em conta que as ações de gestão devem ser pautadas por uma produção de conhecimento que norteie as ações de médio prazo (táticas) formulando uma crescente de ações para as atividades de longo prazo (estratégicas).
“Estratégia sem tática é a rota mais lenta para a vitória e a tática sem estratégia é apenas um ruído que se ouve antes da derrota.”(Sun Tzu). As ações operacionais (curto prazo), as ações táticas (médio prazo) e as ações estratégicas (longo prazo) orientadas, seqüenciadas, articuladas e formalizadas, compõem o conjunto de medidas que estruturam o planejamento organizacional. Com base nesse planejamento é que o gestor deve avaliar, promover e orientar suas decisões de curto, médio e longo prazo.
Finalmente, em que consiste a posição do tomador de decisão? Segundo o professor Filipe , gestão ou administração é um processo dinâmico de tomar decisões sobre a utilização de recursos, para possibilitar a realização de objetivos.
É ainda o processo de conjugar recursos humanos e materiais de forma a atingir fins desejados, através de uma organização. Já a organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Dito isso, é possível concluir que o tomador de decisões é o operador maior de um sistema organizacional, que no caso da segurança pública, trata da gestão do referido setor.
Ao tratar-se do ciclo da produção de conhecimento — atividade universal que é operada nas diversas sociedades humanas — pode-se, de forma didática, dividir essa atividade em quatro fases básicas: (i) coleta de dados; (ii) colagem e avaliação dos dados coletados (organização dos dados); (iii) processamento dos dados (análise); (iv) disseminação do conhecimento.
A Análise Criminal (AC) com suas três vertentes é talvez o maior vetor de produção de conhecimento específico para a gestão da segurança pública. Ela possui a missão de revelar com clareza as características do crime, criminalidade e questões conexas. Dentre as vertentes da AC temos: (i) AC estratégica definida como ACE; (ii) AC Tática como ACT; (iii) AC Administrativa como ACA.
Ao tratarmos da AC como ferramenta da gestão não é possível deixar de citar a técnica do georeferenciamento e mapeamento da criminalidade. Todos os focos da AC utilizam essa ferramenta constantemente na produção de conhecimento para seus clientes gestores ou operadores. A utilização de mapas através dessa técnica possibilita agregar valores de variáveis oriundas de diversas fontes, possibilitando uma análise variada capaz de orientar visualmente os gestores quanto aos problemas do crime, criminalidade e questões conexas
O analista criminal, nas suas atividades de produção de conhecimento, deve buscar padrões e tendências criminais que, depois de identificados, constarão em seus relatórios de análise. Esses documentos, por sua vez, devem periodicamente ser difundidos para seus respectivos clientes. O que entendemos por padrões criminais?
Os padrões criminais são as características identificáveis que se repetem em dois, ou mais, eventos criminais, em uma determinada série histórica, e que vincule, em tese, diversos eventos criminais entre si. Ao tratarmos do estudo dos padrões devemos ter em conta que o analista criminal não deve utilizar puramente o raciocínio jurídico para definição da sua tipologia criminal. Para o analista criminal o foco do comportamento humano é mais importante do que o enquadramento jurídico do fato.

Fonte: Consultor jurídico:

One Response so far.

  1. Anônimo says:

    É isso aí, policiais militares mostrando que entendem das coisas. Parabéns pelo blog, muito informativo e focando aspectos técnicos.

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